A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, acelerou para 0,33% em julho, acima dos 0,26% registrados em junho. A elevação foi impulsionada pela alta na conta de luz, com a manutenção da bandeira tarifária vermelha, e pelas passagens aéreas, que subiram quase 20% no período.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE, mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula 5,3% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação do governo, que é de 4,5%.
Apesar da alta em cinco dos nove grupos pesquisados, o grupo de alimentação e bebidas registrou queda de 0,06%, repetindo o movimento de junho (-0,02%). A redução no preço da batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%) foi decisiva para conter um aumento maior do índice. Mesmo assim, o setor acumula alta de 7,36% em 12 meses, a maior entre todos os grupos.
No grupo habitação, que subiu 0,98%, o destaque foi a energia elétrica residencial, com aumento de 3,01%. A tarifa continua pressionada pela cobrança adicional da bandeira vermelha patamar 1, em vigor desde junho, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh. Além disso, reajustes em cinco capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte) também influenciaram o resultado.
Entre os transportes, a alta de 0,67% foi puxada pelas passagens aéreas, que subiram 19,86%, e pelos serviços de transporte por aplicativo, com aumento de 14,55%. Por outro lado, os combustíveis ajudaram a conter a inflação, com queda de 0,57% no geral, puxada principalmente pela gasolina (-0,50%).
O IPCA-15 usa a mesma metodologia do IPCA cheio, mas coleta os preços entre os dias 14 do mês anterior e 15 do mês de referência, em 11 regiões metropolitanas. O índice oficial de julho será divulgado no dia 12 de agosto.
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