Nesta terça-feira, 16 de julho, é celebrado o Dia do Comerciante, data instituída em 1953 para reconhecer a importância do setor no desenvolvimento econômico do Brasil. E o comércio brasileiro tem motivos para comemorar. Nos últimos três anos, o setor apresentou crescimento na geração de empregos formais e nas vendas, consolidando-se como uma das principais atividades econômicas do país.
Segundo dados do Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de trabalhadores com carteira assinada no comércio aumentou 3,7 por cento entre 2022 e 2024, passando de pouco mais de dez milhões e cento e noventa mil para mais de dez milhões e quinhentos e setenta mil vínculos formais em todo o país.
Somente em 2025, até o mês de maio, o comércio já gerou vinte e três mil duzentas e cinquenta e oito novas vagas formais, posicionando-se como o segundo setor da economia com maior número de contratações no ano.
As vendas também avançaram. A Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE em fevereiro, apontou crescimento de 4,7 por cento nas vendas do comércio em 2024, o melhor desempenho desde 2012. No comércio varejista ampliado, que inclui setores como veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, o crescimento foi de 4,1 por cento, o melhor resultado desde 2021.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais, as empresas de médio porte, com duzentos e cinquenta a quatrocentos e noventa e nove empregados, lideraram a criação de novos empregos, com aumento de quinze por cento no número de vínculos formais.
Quanto ao perfil dos trabalhadores, os homens representavam 55,2 por cento dos empregados no comércio e as mulheres, 44,8 por cento. Em termos de cor ou raça, 42 por cento se declararam brancos, 41 por cento pardos e 6,6 por cento pretos. Apenas em maio de 2025, pessoas negras ocuparam 31,3 por cento das vagas geradas.
A maior parte das vagas formais até dezembro de 2024 foi preenchida por pessoas entre trinta e trinta e nove anos, com 27,2 por cento, seguidas pelos jovens de dezoito a vinte e quatro anos, com 21 por cento, e trabalhadores de quarenta a quarenta e nove anos, com 19,7 por cento.
Entre os segmentos do comércio, o varejo de produtos alimentares lidera com um milhão duzentos e cinquenta e oito mil vínculos formais, seguido pelo varejo de artigos e acessórios, com seiscentos e quarenta e dois mil empregados, e o comércio de produtos farmacêuticos, com quatrocentos e oitenta e nove mil vínculos.
Os estados com maior número de trabalhadores no setor são São Paulo, com dois milhões novecentos e oitenta mil postos, Minas Gerais, com um milhão oitenta e dois mil, Rio de Janeiro, com oitocentos e trinta e cinco mil, Paraná, com setecentos e quarenta e sete mil, Rio Grande do Sul, com seiscentos e sessenta mil, Santa Catarina, com quinhentos e quarenta e nove mil, e Bahia, com quinhentos e seis mil empregos formais no setor.
Os dados do Novo Caged de maio mostram que o comércio contratou cinquenta e seis mil setecentos e oito novos trabalhadores com carteira assinada no mês. Homens representaram 62,2 por cento das admissões e mulheres, 37,8 por cento. O maior crescimento foi entre jovens de dezoito a vinte e quatro anos, com alta de 156,3 por cento nas contratações. Já houve queda nos vínculos de trabalhadores entre trinta e trinta e nove anos, com redução de 40,5 por cento, e entre vinte e cinco e vinte e nove anos, com queda de 35,3 por cento.
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