O Colégio Presbiteriano Mackenzie, na cidade de São Paulo, voltou a ser alvo de uma denúncia de racismo entre alunos. Desta vez, a vítima é uma criança de apenas 8 anos. Segundo a mãe da aluna, outra estudante proferiu ofensas racistas contra sua filha. O caso foi registrado em boletim de ocorrência eletrônico.
De acordo com a advogada da família, a decisão de registrar a denúncia na delegacia ocorreu após a percepção de que a escola não tomou providências concretas. A mãe também ingressou com pedido de indenização e formalizou uma reclamação junto à Secretaria de Educação.
Em nota enviada à imprensa, o Colégio Mackenzie afirmou que ouviu as estudantes envolvidas de forma pedagógica e compatível com a faixa etária. A escola acrescentou que os responsáveis foram chamados para acompanhar o caso e que desenvolve ações para promover um ambiente acolhedor e inclusivo.
A reportagem conversou com uma especialista em educação e diversidade, que destacou a importância de políticas antirracistas no ambiente escolar. “É fundamental que as escolas adotem protocolos claros para lidar com qualquer forma de discriminação, especialmente em casos envolvendo crianças. O silêncio ou medidas superficiais só reforçam a impunidade e a dor das vítimas”, afirma a especialista.
O episódio ocorre poucos dias após outro caso envolvendo uma adolescente bolsista de 15 anos, também no Mackenzie, que tentou tirar a própria vida após denúncias de racismo e homofobia. As duas situações reacendem o debate sobre o papel das instituições de ensino na prevenção da violência e da exclusão dentro do ambiente escolar.
*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da Agência Brasil