Dez auditores fiscais foram afastados de suas funções no Espírito Santo nesta quinta-feira (10), sob suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações apontam que os servidores teriam recebido propina para interferir em fiscalizações tributárias e no julgamento de recursos administrativos, favorecendo empresas.
A ação faz parte das operações Honos, Eagle e Chess, deflagradas pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão nas cidades de Vila Velha, Serra, Alfredo Chaves, Santa Teresa e Colatina, além do afastamento dos dez auditores.
Os nomes dos investigados e suas áreas de atuação não foram divulgados. O processo corre sob sigilo.
De acordo com o MPES, além da manipulação em fiscalizações e julgamentos tributários, os investigados deixavam de lançar tributos ou cobravam valores indevidos, causando prejuízo ainda não estimado aos cofres públicos.
Operação com apoio da Sefaz e Polícia Militar
A operação contou com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e da Polícia Militar do Espírito Santo. Os mandados foram executados em residências, empresas e repartições públicas.
Outras 16 pessoas também estão sob investigação, incluindo auditores fiscais, empresários, advogados e laranjas, suspeitos de participação no esquema.
As decisões judiciais foram expedidas pelas 2ª e 8ª Varas Criminais de Vitória e pela 1ª Vara Criminal de Vila Velha.
A investigação segue em curso, com novos desdobramentos esperados nas próximas semanas.
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