A integração entre as Polícias Civis do Amazonas, Pará e Ceará resultou na apreensão de 988 quilos de drogas em apenas uma semana, entre os dias 4 e 10 de julho, causando um prejuízo estimado em R$ 20 milhões às organizações criminosas envolvidas com o tráfico interestadual. As ações fazem parte da estratégia nacional coordenada pela Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento ao Narcotráfico (Renarc), sob responsabilidade da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
As três operações, ocorridas em diferentes estados, revelaram um sofisticado esquema de ocultação, utilizando fritadeiras elétricas, caminhões e gabinetes de computador para transportar grandes cargas de skunk e cocaína entre a Região Norte e outras partes do país.
Amazonas: base de distribuição
No dia 4 de julho, após oito meses de investigação, a Polícia Civil do Amazonas desmantelou uma quadrilha que operava em Manaus como base de distribuição nacional de drogas. Foram apreendidos 607 quilos de skunk, escondidos em dezenas de fritadeiras elétricas prontas para envio ao Ceará e ao Pará. Dois homens foram presos em flagrante. Três imóveis usados como depósitos e bases logísticas também foram identificados.
Pará: interceptação em porto
Cinco dias depois, em 9 de julho, o Denarc e o Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Civil do Pará apreenderam 152 quilos de skunk no porto de Belém. A droga estava acondicionada em 38 fritadeiras dentro de um caminhão-baú embarcado na embarcação Valentina XIV, vinda de Manaus com destino final em Natal (RN). A operação foi possível graças a informações repassadas diretamente pela polícia do Amazonas.
Ceará: cocaína e skunk em gabinetes de PC
No dia 10, foi a vez do Ceará. A Polícia Civil localizou 213 quilos de skunk e 16 quilos de cocaína escondidos em gabinetes de computadores em Fortaleza. Um homem de 34 anos foi preso em flagrante por tráfico de drogas. De acordo com o delegado Paulo Renato, titular da Delegacia de Narcóticos, o método de ocultação em equipamentos de informática já está mapeado pelas forças de segurança.
Integração e inteligência policial
Para Rodney da Silva, diretor da Diopi, o sucesso das ações reforça a importância da atuação integrada e da troca de informações em tempo real entre as unidades especializadas.
“Os resultados reafirmam o papel da Renarc no enfrentamento qualificado ao narcotráfico, ampliando o impacto das ações policiais sobre o crime organizado”, destacou.
As operações demonstram o fortalecimento da cooperação interestadual e o uso estratégico da inteligência policial, que tem permitido ações mais eficientes e cirúrgicas contra o tráfico de drogas em todo o país.
*Compartilhe este editorial do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram