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Invasores invisíveis: espécies exóticas trazem doenças e ameaçam ecossistemas no Brasil

Estudo da USP revela como animais como javalis, pombos e caracóis exóticos espalham bactérias perigosas e colocam em risco a saúde pública e a biodiversidade nacional.

redação Por redação
22/06/2025 - 15:06
em Saúde
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Espécies exóticas invasoras representam ameaça crescente no Brasil, afetando ecossistemas e a saúde pública ao disseminar patógenos e bactérias resistentes, alerta estudo da USP.

Imagem: arte/divulgação

Pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) e de especialistas em ecologia revelam que espécies exóticas invasoras (EEIs) representam uma séria ameaça não só à biodiversidade brasileira, mas também à saúde pública. Essas espécies, introduzidas muitas vezes por ações humanas e comércio ilegal de animais, desequilibram ecossistemas, competem com espécies nativas e podem carregar patógenos perigosos, inclusive bactérias multirresistentes.

Ameaça invisível: bactérias resistentes

Segundo Gabriel Siqueira, doutorando da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, as EEIs podem transportar microrganismos perigosos entre regiões e espécies. Ele identificou, por exemplo, a presença de E. coli resistente em quatis e atualmente pesquisa gambás na cidade de São Paulo. Esses animais funcionam como sentinelas ambientais de contaminação por bactérias prioritárias listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pássaros têm potencial de espalhar rapidamente bactérias clinicamente relevantes por longas distâncias, enquanto a questão dos invertebrados tem sido ainda mais negligenciada

O professor Marcos Bryan, que orienta o estudo, alerta para a ameaça silenciosa dessas espécies, como pombos e ratos, que vivem próximos ao homem, carregam patógenos e não demonstram sintomas. “Eles podem disseminar genes de resistência microbiana para humanos e animais domésticos”, afirma.

Vetor de doenças e amplificador de contaminações

O problema se agrava nas cidades, onde há contato com esgotos contaminados por efluentes hospitalares e uso indiscriminado de antibióticos. “As EEIs adquirem essas bactérias no ambiente urbano e amplificam sua presença pela rápida reprodução”, explica Bryan. Javalis, por exemplo, entraram ilegalmente pela Argentina e hoje percorrem livremente diversos estados brasileiros.

Como a caça é comum no país, Siqueira afirma que caçadores podem entrar em contato com patógenos através do consumo da carne e adquirir doenças

Riscos diversos: de vetores e reservatórios

A professora Michele Dechoum, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), colaboradora do Instituto Hórus e coordenadora da Base Nacional de Espécies Exóticas Invasoras, explica que essas espécies afetam a saúde humana de quatro formas:

  1. Como causadoras diretas de doenças, como o vírus da Influenza.
  2. Como vetores, como o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
  3. Como facilitadoras indiretas, ao abrigarem parasitas humanos.
  4. Como reservatórios de patógenos, como caracóis, aves e mamíferos exóticos.

Comércio ilegal e spillover

Mesmo com restrições do Ibama, o comércio ilegal de répteis e anfíbios persiste. O risco aumenta com a soltura desses animais na natureza, o que pode causar o spillover, quando patógenos saltam de animais silvestres para humanos, por meio de vetores intermediários.

Mudanças climáticas e expansão geográfica

A crise climática também impulsiona o avanço das EEIs. À medida que o desmatamento avança, essas espécies adaptam-se ao ambiente urbano, substituem espécies nativas e tornam os ecossistemas mais frágeis.

Dechoum destaca a falta de dados sobre os microrganismos associados a essas espécies invasoras no Brasil. Segundo o Relatório Temático Sobre Espécies Exóticas Invasoras (2024), há mais de 500 espécies invasoras registradas no país, mas com pouco conhecimento sobre os microrganismos que transportam.

Saúde Única e ações futuras

A abordagem científica One Health (Saúde Única) é vista como essencial para compreender e combater esses riscos combinados. O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para abordar a resistência antimicrobiana com foco também em invasões biológicas.

“É fundamental alinhar saúde humana, ambiental e animal para desenvolver estratégias de biossegurança mais eficazes”, conclui Siqueira.

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Tags: #BactériasResistentes#Biodiversidade#criseambiental#EspéciesInvasoras#MeioAmbiente#OneHealth#SaúdePública#USP#Zoonosesecossistemas
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