O Brasil enfrenta um crescimento preocupante dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2024. De acordo com o boletim semanal InfoGripe, divulgado nesta quarta-feira (12) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de hospitalizações por SRAG quase dobrou nas últimas quatro semanas em relação ao mesmo período do ano passado — um aumento de 91%.
O levantamento, referente à Semana Epidemiológica 23 (de 1º a 7 de junho), indica que a alta atípica de casos está concentrada principalmente nos estados das regiões centro-sul do país. Os principais responsáveis pelas internações são o vírus da influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
Impacto entre idosos e crianças
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, a influenza A tem impactado todas as faixas etárias, com maior severidade entre os idosos. Já o VSR é a principal causa de hospitalizações de crianças pequenas, com aumento contínuo em quase todo o país.
“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos”, afirmou Portella. Ela também recomendou o uso de máscaras em locais fechados e com aglomeração, principalmente em unidades de saúde, em caso de sintomas gripais.
Apesar de algumas regiões como Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e o Distrito Federal apresentarem os primeiros sinais de estabilização ou queda nos casos, os níveis de hospitalização permanecem elevados.
Cidades com maior crescimento
Capitais como Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Luís apresentaram tendência de crescimento nos casos de SRAG entre jovens, adultos e idosos.
A análise das últimas quatro semanas epidemiológicas aponta para a seguinte prevalência entre os casos positivos:
- 45,5% por vírus sincicial respiratório (VSR)
- 40% por influenza A
- 16,6% por rinovírus
- 1,6% por Sars-CoV-2 (Covid-19)
- 0,8% por influenza B
Já entre os óbitos associados à SRAG, a maior parte também está ligada à influenza A (75,4%), seguida por VSR (12,5%), rinovírus (8,7%) e Sars-CoV-2 (4,4%).
Com a chegada do inverno e o aumento da circulação viral, especialistas alertam que a vacinação em massa é a principal ferramenta para frear o avanço da SRAG no Brasil. A cobertura vacinal contra a gripe, especialmente entre idosos, crianças e grupos de risco, continua sendo uma prioridade da saúde pública.
Com informação da Agência Brasil. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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