O Brasil realizou, neste sábado (5), o maior mutirão da história do Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 1,1 mil cirurgias e 10 mil procedimentos, exames e consultas realizados de forma simultânea em 24 estados. A ação, batizada de Agora Tem Especialistas – Dia E, envolveu 45 hospitais universitários federais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em parceria com os ministérios da Saúde e da Educação.
“O maior e mais diverso mutirão do SUS já feito no Brasil”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante visita ao Hospital Gaffrée e Guinle, da UNIRIO, no Rio de Janeiro. Segundo ele, a iniciativa vai além do Dia E: os hospitais continuarão realizando atendimentos em terceiro turno, incluindo noites e fins de semana, para diminuir filas de espera por cirurgias e exames eletivos.
Foco em pacientes oncológicos
A prioridade do mutirão foram os pacientes com câncer. “No câncer, tempo é vida. Diagnóstico e tratamento rápidos fazem toda a diferença”, ressaltou Padilha. Além da oncologia, o esforço também mirou áreas com grandes demandas, como ginecologia, ortopedia, visão e audição.
O ministro destacou casos emblemáticos, como o de um paciente no Rio que aguardava há dez anos por uma cirurgia. “Essa ação tem justamente esse papel: identificar quem está há anos esperando e garantir atendimento com urgência”, afirmou.
Resultados e próximos passos
De acordo com o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, desde março já foram realizadas 89 mil cirurgias no âmbito do programa “Agora Tem Especialistas”. Estão previstos mais dois grandes mutirões até o fim de 2025, em setembro e dezembro.
Os hospitais universitários foram orientados a ampliar seus horários de funcionamento, incluindo sábados e domingos, e envolver os alunos residentes nos atendimentos, reforçando o compromisso com a formação profissional e a pesquisa em saúde.
Reforço à saúde da mulher
O mutirão também contou com visitas à Maternidade Paulino Werneck, na Ilha do Governador, e ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), no Fundão, ambos no Rio. Padilha esteve acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e de Chioro. Eles anunciaram novas medidas voltadas à saúde da mulher, com foco no atendimento ginecológico e no fortalecimento da atenção primária.
A secretária estadual de Saúde do Rio, Claudia Mello, elogiou a parceria com os ministérios: “É importante para o Rio e para o Brasil na diminuição de filas. Isso é o SUS avançando a cada dia.”
*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.