O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira, 13 de agosto, da abertura da 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), evento que retoma os debates do setor após mais de 11 anos. A iniciativa reúne representantes de governos, sociedade civil, empreendimentos e entidades ligadas à economia solidária para construir coletivamente propostas de fortalecimento da inclusão produtiva no país.
Durante seu discurso, Lula ressaltou que a economia solidária é um modelo capaz de transformar o Brasil, desde que as pessoas tenham oportunidades para demonstrar sua capacidade. Segundo o presidente, “muito dinheiro na mão de poucos significa miséria e fome, enquanto pouco dinheiro na mão de muitos promove desenvolvimento e inclusão social”.

O evento, que segue até 16 de agosto em Brasília, reúne cerca de 1.500 participantes, entre delegados eleitos nas etapas preparatórias e representantes de 1.584 municípios. A conferência fornecerá subsídios para a elaboração do 2º Plano Nacional de Economia Popular e Solidária, que visa fortalecer a autogestão, cooperação, acesso a crédito, produção e consumo justos, além de promover inclusão social e desenvolvimento sustentável.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reforçou que a economia solidária vai além da geração de empregos, representando uma nova forma de organizar a economia baseada na cooperação e no trabalho coletivo. O ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, destacou a importância de retomar políticas públicas que promovem inclusão, valorizam o trabalho coletivo e fortalecem o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Segundo a Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária, o setor já envolve mais de 27 mil empreendimentos, 2 milhões de trabalhadores em mais de 3 mil municípios, movimentando cerca de R$ 65 bilhões por ano. Entre os exemplos de sucesso estão cozinhas solidárias, cooperativas industriais recuperadas, produção artesanal indígena e iniciativas lideradas por mulheres negras.
O movimento é pautado por princípios de autogestão, cooperação e sustentabilidade, priorizando a valorização do ser humano sobre o capital e promovendo relações econômicas mais justas. Durante a conferência, os participantes reforçaram a importância de que o 2º Plano Nacional de Economia Solidária seja efetivo e transformador, servindo de referência para novos projetos e políticas públicas.
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