O programa Mais Médicos, criado em 2013 para ampliar o acesso à atenção básica no Brasil, foi alvo de críticas do governo dos Estados Unidos nesta quarta-feira (13), mas segue com ampla aprovação popular e resultados positivos. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 66,6 milhões de pessoas já foram beneficiadas, com profissionais atuando em mais de 4 mil municípios. Atualmente, 26 mil médicos integram a iniciativa, sendo 22,7 mil brasileiros e cerca de 2,6 mil cubanos.
No início, os cubanos representavam a maior parte da força de trabalho, chegando a 64% em 2014. Hoje, correspondem a 10% do total, contratados por meio de editais para ocupar vagas não preenchidas por brasileiros. O programa foi especialmente relevante em áreas remotas, como o interior da Amazônia e periferias urbanas, onde a presença médica era escassa.
De acordo com pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), 95% dos pacientes atendidos avaliaram positivamente o programa, com nota média de 8,4. Entre populações indígenas, a média subiu para 8,7. Os entrevistados destacaram a presença constante de médicos nas unidades básicas de saúde, redução do tempo de espera e atendimento humanizado.
O governo dos EUA revogou vistos de funcionários do Ministério da Saúde, ex-membros da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e familiares, alegando trabalho forçado por parte do governo cubano. Especialistas, no entanto, afirmam que a medida tem motivação política e não sanitária, lembrando que Cuba mantém programas de cooperação médica com mais de 100 países há décadas.
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