A Caixa Econômica Federal iniciou a contratação de uma nova linha de crédito que permite o uso de imóveis urbanos como garantia, mesmo que ainda estejam em financiamento com o banco. A novidade é voltada a clientes pessoas físicas com contrato imobiliário ativo na Caixa e oferece empréstimos de livre destinação, ou seja, sem exigência de justificativa para o uso do valor obtido.
Batizada de Empréstimo com Garantia de Imóvel Caixa, a linha segue o modelo home equity, oferecendo taxas de juros mais baixas em comparação a outras opções de crédito pessoal. As taxas partem de 1,32% ao mês, e o valor concedido pode atingir até 60% do valor de avaliação do imóvel.
Imóveis residenciais, comerciais ou mistos, quitados ou financiados com a Caixa, são aceitos como garantia. O banco informa que há diferentes modalidades adaptadas ao perfil e necessidade do cliente, e que as simulações e contratações podem ser feitas em agências físicas ou digitais.
Vantagens do modelo home equity
A modalidade tem se destacado por permitir acesso a valores mais altos, prazos mais longos e prestações mais acessíveis do que as linhas tradicionais de crédito. Apesar de o imóvel ficar alienado, o cliente pode continuar morando ou utilizando o bem normalmente, como acontece nos financiamentos habitacionais.
Segundo a Caixa, já existem cerca de R$ 6,7 bilhões contratados nessa modalidade, distribuídos em aproximadamente 54 mil contratos ativos, representando 25% de participação de mercado em empréstimos com garantia de imóvel.
Inovação: uso de imóvel ainda financiado
A principal novidade da linha é a possibilidade de incluir imóveis ainda financiados como garantia adicional, viabilizada pelo Novo Marco das Garantias, estabelecido pela Lei nº 14.711/2023, regulamentada no final de 2023.
Com a nova legislação, o cliente pode usar o mesmo imóvel para mais de um empréstimo, desde que haja margem de valor disponível como garantia. Por exemplo, se parte do financiamento já foi quitada, o valor correspondente poderá ser usado como garantia para um novo crédito.
Prazo e condições
A nova linha de crédito tem prazo de até 240 meses (20 anos) para operações convencionais e até 360 meses (30 anos) para quem optar pela alienação estendida. Essa alternativa permite que o cliente mantenha o contrato original de financiamento e contrate um novo crédito, respeitando o valor e prazo remanescente do contrato inicial.
Se a renda e a garantia permitirem, o tomador poderá ainda receber um valor adicional, com o imóvel continuando como garantia comum para os dois contratos.
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