O Brasil se torna, neste mês de julho, o centro das atenções da espeleologia mundial. Entre os dias 20 e 27, Belo Horizonte sediará o 19º Congresso Internacional de Espeleologia (CIE) e o 38º Congresso Brasileiro de Espeleologia. Os eventos reúnem espeleólogos, cientistas, estudantes e ambientalistas de diversos países para debater avanços científicos, políticas de conservação e o futuro das cavernas.
O encontro ocorre em um momento relevante para a ciência nacional: o Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE) ultrapassou a marca de 29 mil cavernas naturais subterrâneas registradas no país, representando um crescimento de 11,41% entre 2023 e 2024.
Organizados em parceria entre a União Internacional de Espeleologia (UIS), a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), os congressos acontecerão no Centro de Convenções BeFly Minascentro.
Além de palestras, simpósios e painéis técnicos, o ICMBio/Cecav promoverá lançamentos de publicações, homenagens a nomes importantes da área e a entrega do III Prêmio Nacional de Espeleologia Michel Le Bret — que valoriza iniciativas científicas, inventários e soluções técnicas voltadas à preservação dos ecossistemas cavernícolas e das espécies que habitam esses ambientes.
“Neste ano, o Cecav tem a honra de integrar a comissão organizadora do 19º CIE. Ao lado de todas as instituições envolvidas, seguimos rumo a importantes marcos e conquistas para a ciência e para a conservação da nossa biodiversidade subterrânea”, afirmou Jocy Cruz, coordenador do ICMBio/Cecav e vice-presidente do congresso.
Ciência, inovação e sustentabilidade
A programação contará com seis simpósios e 16 comitês técnico-científicos, abordando temas como legislação ambiental, gestão de unidades de conservação, turismo em cavernas e educação ambiental. Também haverá debates sobre as relações entre sociedade e meio ambiente, em um esforço para ampliar o conhecimento e a proteção das cavernas brasileiras.
“Será um evento único e grandioso, reunindo a comunidade espeleológica nacional e internacional em torno de discussões técnicas e científicas voltadas à proteção e ao conhecimento do nosso patrimônio subterrâneo”, destacou Jocy Cruz. “É apenas a segunda vez que o congresso internacional ocorre no Brasil, o que reforça a importância do país no cenário global da espeleologia.”
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