O governo brasileiro participa, entre os dias 21 e 29 de junho, da 7ª Semana de Ação Climática de Londres, um dos mais importantes encontros sobre clima da Europa. O evento reúne 45 mil pessoas em cerca de 700 atividades com representantes de governos, empresas, sociedade civil e especialistas de todo o mundo, que debatem soluções para conter a crise climática global.
A delegação brasileira busca fortalecer articulações internacionais e preparar o terreno para a COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro. O evento britânico serve como plataforma de diálogo e cooperação para acelerar acordos e estratégias globais, e a participação do Brasil reforça seu papel de liderança na agenda climática.

Mobilização diplomática
Entre os representantes brasileiros estão a secretária nacional de mudança do Clima, Ana Toni, o embaixador André Aranha Corrêa do Lago, presidente da COP30, e a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. A presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, também está confirmada.
Em declaração recente durante reuniões preparatórias em Bonn, na Alemanha, Ana Toni destacou a urgência da ação:
“Já estamos vivendo a emergência climática, que invade nossas casas e nossas vidas, e atinge desproporcionalmente os mais vulneráveis. Para termos uma chance, precisamos de ação coletiva e urgente.”
Na ocasião, o Brasil apresentou uma carta com 30 objetivos-chave, entre eles a reversão da degradação florestal até 2030 e a triplicação das fontes de energia renovável.
Emergência climática global
As mudanças no clima, intensificadas pela emissão de gases do efeito estufa oriundos da queima de combustíveis fósseis, estão por trás de eventos extremos que se tornaram frequentes. Em 2024, a ONU registrou o ano mais quente dos últimos 175 anos.
No Brasil, as consequências também são dramáticas: desastres climáticos aumentaram 250% entre 2020 e 2023, segundo estudos. A tragédia no Rio Grande do Sul, em maio de 2024, é apontada como uma das expressões mais graves da crise climática no país.
A COP30, prevista para ocorrer na Amazônia brasileira, será um marco histórico. Além de simbolizar o protagonismo do Brasil, deve mobilizar esforços concretos para cumprir metas como o Acordo de Paris, firmado em 2015, que estabelece a limitação do aquecimento global a 1,5º C acima dos níveis pré-industriais.
*Com informação da Agência Brasil.Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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