O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (7) que o ex-presidente Jair Bolsonaro receba atendimento de seus médicos particulares durante o período de prisão domiciliar.
A decisão acolhe um pedido da defesa do ex-presidente, permitindo a visita dos profissionais Cláudio Augusto Vianna Birolini, Luciana de Almeida Costa Tokarski, Erasmo Tokarski e Leandro Santini Echenique à residência de Bolsonaro, localizada em Brasília.
A prisão domiciliar foi determinada por Moraes na última segunda-feira (4), com restrições quanto a visitas e contatos externos. No despacho desta quinta, o ministro também determinou que, em caso de necessidade de internação, a defesa deve apresentar comprovação da urgência no prazo de até 24 horas.
Desde 2018, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde relacionados à região do abdômen, após sofrer um atentado a faca durante a campanha presidencial. Desde então, passou por diversas cirurgias e segue sob acompanhamento médico constante.
A ordem de prisão domiciliar faz parte do inquérito em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por possível articulação com membros do governo Donald Trump, nos Estados Unidos, para pressionar autoridades brasileiras e ministros do STF.
Segundo a investigação, Jair Bolsonaro teria enviado recursos financeiros, por meio de transferências via Pix, para custear a permanência do filho nos EUA. Eduardo Bolsonaro está fora do país desde março deste ano, quando pediu licença do mandato parlamentar alegando perseguição política.
Além desse inquérito, Jair Bolsonaro também é réu no processo da tentativa de golpe de Estado, cujo julgamento está previsto para ocorrer em setembro no Supremo Tribunal Federal.
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