Mensagens obtidas pela Polícia Civil de Mato Grosso revelam o teor perturbador das conversas entre o adolescente de 14 anos que matou os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna (RJ), e sua namorada. Segundo os investigadores, o casal trocou mensagens frias e calculistas antes e depois do crime, demonstrando completa ausência de arrependimento.
De acordo com o delegado Matheus Soares Augusto, da Delegacia de Água Boa (MT), responsável pela investigação, os dois se conheceram há cerca de cinco anos, por meio de jogos online. “O teor da conversa é o mais assustador possível. Eles tratam com tranquilidade e frieza a morte, durante e após a execução”, afirmou o delegado.
Frieza, juras de amor e brincadeiras após o crime
As mensagens analisadas mostram que a adolescente incentivou o namorado a enviar fotos dos pais mortos. “Ela queria ver a expressão deles mortos na cama”, relatou o delegado. Em tom de brincadeira, o casal alternava entre trocas de carinho e comentários mórbidos. “Ela se disse orgulhosa dele por ter feito isso por ela”, afirmou Matheus.
Segundo o delegado, o adolescente chegou a brincar com a namorada dizendo que ouvia a voz do pai como um fantasma, logo após cometer os assassinatos. Ela respondeu friamente: “Sua mãe parece que estava te olhando”.
A polícia identificou indícios de traços de psicopatia em ambos os jovens. “A gente nota bastante imaturidade e, com certeza, traços de psicopatia. É assustador até mesmo para policiais experientes”, disse o delegado.
Entenda o crime
O triplo homicídio aconteceu em 21 de junho, na residência da família, em Itaperuna. O adolescente pegou a arma do pai, um policial penal, e matou os pais com tiros na cabeça enquanto dormiam. O irmão de 3 anos foi morto com um disparo no pescoço. Após o crime, ele arrastou os corpos e os escondeu em uma cisterna, depois de espalhar produtos químicos pelo chão para ocultar vestígios.
O adolescente só confessou o crime após a avó materna procurá-lo e não conseguir contato com os pais. Juntos, foram até a delegacia registrar o desaparecimento da família no dia 24. A polícia foi à casa e encontrou sinais de sangue e manchas queimadas no colchão. No dia seguinte, os corpos foram localizados na cisterna.
“Ele disse que matou o irmão para poupá-lo da dor de perder os pais”, relatou o delegado Matheus Augusto. O adolescente foi apreendido e o caso segue sob investigação, com a análise de conversas e históricos de mensagens entre o casal.
Da Agência Fonte Exclusiva