O mercado financeiro brasileiro registrou fortes oscilações nesta quarta-feira (25), em meio a tensões entre o governo federal e o Congresso Nacional. O dólar comercial fechou em alta de 0,63%, cotado a R$ 5,554, no maior valor desde o dia 10 de junho. Já o Ibovespa, principal índice da B3, caiu 1,02%, encerrando o dia aos 135.768 pontos, o menor patamar em mais de duas semanas.
O movimento reflete o clima de incerteza fiscal, agravado após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar para votação o projeto que derruba o decreto do governo federal que aumentou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A proposta coloca em risco a arrecadação de R$ 7 bilhões a R$ 10 bilhões em 2025, segundo estimativas do mercado.
A votação pode ser concluída ainda nesta quarta-feira tanto na Câmara quanto no Senado, elevando a apreensão dos investidores sobre o comprometimento com o arcabouço fiscal.
Alternativas do governo
Diante da possível perda de receita, o governo federal estuda três caminhos para cumprir a meta de resultado primário prevista no novo regime fiscal:
- Contingenciamento de gastos – bloqueio temporário de verbas do Orçamento;
- Venda de óleo da União no pré-sal – uma medida provisória pode destravar até R$ 20 bilhões com áreas adjacentes aos campos de Tupi, Mero e Atapu;
- Recebimento de dividendos extraordinários de estatais – como Petrobras e Banco do Brasil.
Apesar da alta de hoje, o dólar ainda acumula queda de 2,87% em junho e baixa de 10,11% em 2025, segundo dados do Banco Central.
*Com informação da Agência Brasil. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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