O WhatsApp anunciou nesta segunda-feira (16) que começará a exibir anúncios em sua plataforma. A novidade marca uma nova fase do aplicativo de mensagens da Meta, que também permitirá que administradores de canais cobrem usuários por acesso a conteúdos exclusivos e paguem para dar mais visibilidade aos seus canais dentro do app.
As propagandas serão exibidas na aba “Atualizações”, dentro do Status, funcionalidade similar ao Stories do Instagram. Nessas áreas, usuários visualizam postagens temporárias de amigos, familiares e canais. Agora, conteúdos patrocinados aparecerão entre essas publicações.
Apesar da mudança, o WhatsApp garantiu que as conversas privadas não terão anúncios e que as mensagens trocadas entre os usuários não serão usadas para segmentação de publicidade. O número de telefone, de acordo com a empresa, também não será compartilhado com anunciantes.
Mesmo sem ler o conteúdo das mensagens, o aplicativo poderá usar outros dados para entender os interesses dos usuários. Isso inclui os canais seguidos, interações com anúncios, modelo do celular, tipo de conexão à internet e localização geral, como cidade e país.
Outra ferramenta usada para personalização é a Central de Contas da Meta, que integra informações do WhatsApp com o Facebook e o Instagram. Se essa integração estiver ativada, os dados das outras redes sociais também serão utilizados para exibir propaganda relevante no WhatsApp.
A Meta afirma que a mudança visa beneficiar empresas e criadores de conteúdo que usam o app como canal de comunicação com o público. Atualmente, o WhatsApp conta com 3 bilhões de usuários no mundo, dos quais 1,5 bilhão acessa diariamente a aba “Atualizações” — onde os anúncios começarão a ser veiculados.
A funcionalidade que permite a cobrança por canais também faz parte da estratégia de monetização da plataforma. Com ela, administradores poderão oferecer conteúdos exclusivos mediante pagamento, além de destacar seus canais mediante anúncios pagos dentro do próprio WhatsApp.
A Meta ainda não informou quando exatamente os anúncios e os canais pagos começarão a funcionar no Brasil, mas o lançamento será gradual.
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