Hospitais, clínicas e empresas privadas ou filantrópicas já podem se credenciar para participar do programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo governo federal em parceria com estados e municípios. A iniciativa busca ampliar o acesso da população a atendimentos especializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), reduzindo as filas para cirurgias, exames e consultas.
O credenciamento está aberto a qualquer ente privado sem dívidas com a União, conforme explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. As empresas que aderirem poderão receber créditos tributários como forma de compensação pelos serviços prestados.
O programa contempla inicialmente seis especialidades prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Segundo Padilha, essas áreas podem ser ampliadas conforme a demanda dos estados e municípios. Os primeiros atendimentos estão previstos para agosto.
“Teremos uma multiplicidade de serviços baseada na realidade local e nas necessidades regionais”, afirmou Rodrigo Oliveira, coordenador do programa. A expectativa inicial é realizar 1,3 mil procedimentos com apoio da rede privada.
Entre as estratégias previstas estão o uso de turnos estendidos em hospitais públicos, mutirões aos fins de semana e atendimento com unidades móveis em áreas remotas, como comunidades indígenas e quilombolas.
No próximo sábado (5), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) dará início ao primeiro mutirão, com mais de mil cirurgias, 5,6 mil exames e 1,2 mil consultas agendadas em seus 45 hospitais universitários. O presidente da estatal, Arthur Chioro, destacou que parte das cirurgias será de alta complexidade. Novas ações estão previstas para setembro e dezembro.
Três modalidades de atuação
O Programa terár três frentes de contratação:
- Credenciamento direto por estados e municípios – O Ministério da Saúde destinará R$ 2 bilhões por ano para que os gestores locais contratem diretamente hospitais e clínicas que informem os serviços disponíveis. Será criada uma matriz de oferta regionalizada com foco nas áreas prioritárias.
- Reforço nas unidades públicas – Com orçamento de R$ 2,5 bilhões anuais, clínicas privadas poderão atuar dentro da rede pública ou conveniada, usando seus profissionais, equipamentos e insumos para aumentar a capacidade de atendimento. Também está prevista a oferta de serviços por telessaúde.
- Carretas móveis com estrutura hospitalar – Serão contratadas até 150 carretas equipadas para realizar exames, consultas e pequenas cirurgias em áreas de difícil acesso. Com investimento de R$ 1 bilhão, a meta é realizar 4,6 milhões de consultas, 9,4 milhões de exames e 720 mil cirurgias.
Essas ações serão coordenadas pela AgSUS (Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS) e pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), conforme o planejamento estratégico nacional.
* Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.