O Exército de Israel lançou neste domingo (15) um ataque aéreo direcionado contra um edifício pertencente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, localizado em Teerã, nas proximidades do Instituto de Estudos Políticos e Internacionais (IPIS). A região, considerada sensível no contexto diplomático do país, foi severamente atingida, deixando vários civis feridos e provocando reações imediatas do governo iraniano.
Segundo fontes locais, o bombardeio causou danos significativos à estrutura do edifício e às instalações do IPIS, além de ter afetado áreas civis adjacentes. Equipes de emergência foram mobilizadas para socorrer os feridos, entre eles funcionários do próprio Ministério e do instituto acadêmico.
Em pronunciamento feito por meio de suas redes sociais, Saeed Khatibzadeh, diretor do Centro de Diplomacia Pública do Irã, afirmou que o ataque foi “deliberado e impiedoso”, denunciando o episódio como crime de guerra.
“O regime criminoso de Israel lançou um ataque deliberado contra um dos edifícios do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, situado mesmo em frente ao Instituto de Estudos Políticos e Internacionais. Vários civis ficaram feridos, incluindo colegas meus, levados ao hospital para tratamento. Estas imagens mostram a biblioteca do meu instituto, que foi alvo deste ataque covarde”, escreveu Khatibzadeh, que também compartilhou vídeos da destruição.
O local atingido possui importância simbólica e estratégica: o IPIS atua como centro de produção de conhecimento e formulação de políticas internacionais do governo iraniano, frequentemente recebendo diplomatas e pesquisadores estrangeiros. O ataque, portanto, extrapola alvos militares convencionais e atinge diretamente a estrutura diplomática e civil do país.
Escalada perigosa no Oriente Médio
O bombardeio amplia a já tensa relação entre Israel e Irã, em meio ao agravamento de múltiplos conflitos na região. Desde o início de 2024, ações diretas e indiretas entre as duas potências têm aumentado, com ataques a posições militares e diplomáticas, além de confrontos por meio de aliados regionais, como o Hezbollah e milícias no Iraque e na Síria.
Autoridades iranianas classificam o episódio como parte de uma “campanha de agressão sistemática” e indicam que o país responderá de forma proporcional, embora ainda não tenham especificado qual será essa resposta.
O ataque levanta novamente o debate sobre os limites do direito internacional humanitário em tempos de guerra e sobre a proteção de estruturas diplomáticas, cuja inviolabilidade é garantida por convenções internacionais.
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