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Exposição internacional revela o lado oculto da inteligência artificial e da crise climática

Obras expostas na Temporada França-Brasil mostram como microtrabalhadores alimentam IAs e propõem reflexões sobre o futuro do planeta e da humanidade.

redação Por redação
03/07/2025 - 10:25
em Mundo
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Exposição “O mundo segundo a IA” e “O Novo Anormal” trazem ao Brasil, a partir de novembro, discussões sobre o impacto da inteligência artificial e da crise climática. Parte da Temporada França-Brasil, as obras propõem reflexão crítica sobre o presente e o futuro.

Imagem:Agência Brasil

Identificar imagens de carros, motos, helicópteros e pessoas em frente ao computador pode parecer uma tarefa simples, mas esconde uma realidade marcada por longas jornadas, espaços precários e baixa remuneração. Essa é a realidade dos microtrabalhadores, em sua maioria do Sul Global, que alimentam os sistemas de inteligência artificial (IA) usados por grandes corporações tecnológicas.

Essa precarização é o foco da instalação Meta Office: Atrás das telas da Amazon Mechanical Turks (2021–2025), dos artistas Lauritz Bohne (Alemanha), Lea Scherer (Áustria) e Edward Zammit (Malta). A obra é parte da exposição O mundo segundo a IA, em cartaz em Paris até setembro e com estreia prevista no Brasil, em novembro, no Sesc Campinas, como parte da programação da Temporada França-Brasil.

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A instalação apresenta dados sobre os locais de trabalho desses microtrabalhadores, inclusive fotos dos ambientes onde essas tarefas são realizadas. Segundo os artistas, as tarefas — como rotular imagens ou associar palavras a rostos — são vitais para treinar IAs, mas colocam seus executores em situações de esgotamento físico e mental.

De onde vêm as máquinas

A exposição também traz a obra Anatomia de um sistema de IA, de Kate Crawford (Austrália) e Vladan Joler (Sérvia), que investiga a origem do Amazon Echo, dispositivo que abriga a IA Alexa. Um cartaz de grandes proporções revela toda a cadeia produtiva necessária para sua existência — da extração de metais até o descarte do produto.

Já em Faces do ImageNet (2021), de Trevor Paglen (EUA), o público é confrontado com os vieses racistas e sexistas embutidos em bancos de dados de reconhecimento facial. A obra simula um sistema que classifica visitantes com adjetivos aleatórios, refletindo a forma como esses bancos foram treinados por trabalhadores submetidos a rotinas mecânicas e desumanizantes.

“O artista mostra como tecnologias tidas como neutras são alimentadas por sistemas carregados de preconceitos, que podem se traduzir em discriminação ou até riscos à vida em contextos como guerras”, explica Antonio Somaini, curador-chefe da mostra.

A distopia das máquinas sobreviventes

A obra A quarta memória (2025), de Grégory Chatonsky (França), projeta um futuro distópico no qual só restam máquinas e bancos de dados da humanidade. Fotografias e vídeos da vida do artista se misturam a imagens geradas por IA, criando simulações de vidas que poderiam ter sido vividas.

“Chatonsky define sua obra como póstuma, imaginando um mundo onde, após a extinção humana, os sistemas ainda existam, alimentados por alguma fonte energética desconhecida”, comenta Somaini.

O novo anormal e a urgência climática

Em contraponto ao pessimismo tecnológico, a exposição O Novo Anormal — que chega ao Rio de Janeiro, Brasília e Belém — propõe reflexões sobre possíveis caminhos diante da crise climática. Derivada da exposição Urgência Climática, em cartaz em Paris, ela convida o público à ação coletiva.

Uma das obras interativas simula uma refeição e calcula sua pegada de carbono. Outra projeta em um globo as consequências reais do aquecimento global: aumento do nível do mar, calor extremo e alagamentos de comunidades costeiras.

“Nossa missão não é impor comportamentos, mas mostrar que outras escolhas são possíveis e melhores para o planeta”, diz Adrien Stalter, gerente do museu francês onde a mostra foi concebida.

Diálogos sobre o futuro

A Temporada França-Brasil, que ocorre de agosto a dezembro em 15 cidades brasileiras, vai além das exposições. O Fórum Nosso Futuro – França-Brasil, Diálogos com a África, marcado para novembro, em Salvador, terá abertura pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron.

Discussões sobre IA, crise climática e futuro do mundo fazem parte do ano da França no Brasil Arnaud Robin/EPPDCSI/Divulgação

O evento reunirá jovens e especialistas do Brasil, França e África para debater cidades inclusivas, justiça social, igualdade de gênero e culturas afrodescendentes. Em agosto, o Fórum Juventude e Democracia, em Brasília, reunirá 80 jovens franceses e brasileiros em workshops sobre democracia cultural, desinformação e economia sustentável.

Firmada em 2023 pelos presidentes Lula e Macron, a Temporada busca fortalecer os laços culturais e políticos entre os dois países. Seus três eixos temáticos são: diversidade e diálogo com a África; democracia e Estado de direito; e transição ecológica.

A programação completa será realizada entre agosto e dezembro, passando por São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belém, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Campinas, São Luís, Teresina, João Pessoa e Macapá.

*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.

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Tags: #Inteligência artificialarte contemporâneacrise climáticaExposiçãoiajustiça socialmicrotrabalhoPARISSesc CampinasTemporada França-Brasil
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