A inteligência artificial está transformando o mercado de trabalho em ritmo acelerado. Um estudo recente da Microsoft, realizado com base em dados do Copilot e de interações em larga escala, revelou quais são as 40 profissões mais suscetíveis à automação por IA e quais continuam, por ora, menos expostas.
O relatório considera o grau de aplicabilidade da IA em cada ocupação, observando as tarefas que podem ser executadas total ou parcialmente por ferramentas inteligentes. As conclusões acendem o alerta para diversas áreas cognitivas, mas também reforçam o valor de habilidades humanas insubstituíveis.
Profissões mais ameaçadas pela IA
Entre os cargos mais vulneráveis estão atividades ligadas à linguagem, análise de dados e rotinas administrativas, como:
- Intérpretes e tradutores
- Redatores, jornalistas e criadores de conteúdo digital
- Historiadores e analistas de políticas públicas
- Programadores de máquinas CNC
- Analistas de dados e atendentes de suporte técnico
- Profissionais de marketing e vendas
- Comissários de bordo
Essas ocupações envolvem tarefas que a IA consegue executar com alto grau de precisão, como redação, tradução, leitura de padrões e resposta automatizada.
Profissões menos impactadas pela IA
Na outra ponta da lista estão funções que exigem presença física, cuidado humano e habilidades manuais:
- Técnicos e auxiliares de enfermagem
- Cuidadores, massoterapeutas e fisioterapeutas
- Faxineiros, jardineiros e auxiliares de limpeza
- Pedreiros, pintores e eletricistas
- Motoristas e operadores de tratores
- Bombeiros e operadores de máquinas
Essas funções dependem de competências como empatia, destreza manual e adaptação a situações imprevisíveis, áreas em que a IA ainda tem pouca ou nenhuma capacidade de substituição.
IA como complemento, não ameaça absoluta
O estudo da Microsoft também destaca que a inteligência artificial deve ser vista como ferramenta de apoio, não como ameaça direta e imediata. A automação poderá aliviar tarefas repetitivas, permitindo que profissionais se concentrem em ações mais estratégicas e humanas.
Nesse novo cenário, habilidades como pensamento crítico, criatividade, empatia, julgamento ético e capacidade de adaptação ganham ainda mais relevância.
O que esperar do futuro do trabalho com IA
- Nem só trabalhos operacionais estão sob risco: funções intelectuais e criativas também exigirão adaptação
- A IA poderá eliminar cargos, mas também criará novas oportunidades e demandas
- Profissionais precisarão investir em qualificação constante e atualização tecnológica
- Empresas devem preparar estratégias para integração ética e produtiva da IA no ambiente de trabalho
O estudo reforça a importância do reskilling (reciclagem de competências) e do upskilling (aperfeiçoamento) para garantir a empregabilidade diante das mudanças já em curso.
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