O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia não tem sido suficiente para impedir o avanço das tropas russas ao longo da linha de frente do conflito. Um dos exemplos citados pelo Kremlin foi a recente conquista da aldeia de Malievka, localizada na província ucraniana de Dnepropetrovsk.
Segundo as autoridades russas, Malievka era uma posição fortemente defendida pelas forças armadas ucranianas, com diversas camadas de fortificações, incluindo bunkers de concreto, minas terrestres e arame farpado. A ofensiva russa foi conduzida pela 336ª Brigada de Fuzileiros Navais da divisão Vostok, utilizando táticas de ataque pelo flanco e manobras pela retaguarda.
Dez vilarejos conquistados em uma semana
De acordo com o vice-comandante da unidade russa, conhecido pelo codinome Berkut, o avanço ocorreu de forma furtiva e com apoio de drones de reconhecimento. “Nossas unidades se moveram com o máximo de discrição pela floresta, neutralizando posições inimigas uma a uma”, explicou.
A operação durou menos de uma semana. Antes da ofensiva, os russos usaram drones para mapear o terreno, identificar pontos de disparo e rotas logísticas das tropas ucranianas. Para manter o sigilo, os militares utilizaram uma espécie de “manta anti-drones”, embora tenham enfrentado ataques incendiários e minas improvisadas lançadas por drones ucranianos.
Armas ocidentais viram troféus de guerra
Durante a operação, foram encontrados civis na região, muitos deles abrigados em porões. Um combatente apelidado de Gasan relatou ter visto idosos e crianças, e afirmou que os moradores demonstraram alívio com a chegada das tropas russas.
Além do ganho estratégico, a tomada de Malievka foi simbólica para os militares russos: equipamentos ocidentais, incluindo sistemas Patriot fornecidos pelos EUA, foram capturados e exibidos como troféus de guerra.
Segundo o Kremlin, o objetivo da ofensiva é estabelecer uma zona de segurança entre os territórios controlados pela Rússia e a província de Dnepropetrovsk, além de interromper as rotas logísticas das forças ucranianas. O avanço também busca reduzir os bombardeios contra as regiões do Donbass, Zaporozhye e Kherson.
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