Durante o recesso escolar, crianças e adolescentes de 6 a 12 anos acolhidos no Centro de Vivência 2 (CV2), em Vitória (ES), participaram de uma programação especial de férias, com atividades culturais, educativas e de lazer em diversos pontos da cidade e região metropolitana.
Entre as experiências, o grupo visitou a Biblioteca Municipal José Áureo Monjardim, a exposição “Afetos”, na Galeria Homero Massena, além de realizar um passeio de barco pela Baía de Vitória e conhecer o sítio histórico da Prainha, em Vila Velha. Para muitas dessas crianças, foi a primeira vez nesses espaços.
O coordenador do CV2, Adenilton Melo, destacou que o objetivo da ação foi ampliar a participação dos acolhidos na vida comunitária. “Ao fazer estas atividades externas, estamos garantindo o direito ao lazer, à diversão, a conhecer novos territórios e participar do movimento da cidade. As nossas crianças devem aproveitar o período de férias para ter estas vivências e conhecer outras realidades”, afirmou.

Adenilton também ressaltou que o acolhimento institucional não deve ser sinônimo de privação de liberdade. “Nosso planejamento visa uma vivência o mais próxima possível da realidade familiar, com rotinas e atividades adequadas à faixa etária”, explicou. Ele enfatizou ainda que esses momentos contribuem para a construção de vínculos afetivos e memórias significativas.
Atualmente, Vitória conta com sete espaços de acolhimento institucional, onde estão abrigadas 78 crianças e adolescentes. Há também duas crianças em famílias acolhedoras e dois jovens vivendo no modelo de república assistida.
De acordo com a secretária municipal de Assistência Social, Soraya Manato, todas as ações seguem os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “O acolhimento é excepcional e provisório. Enquanto estão nesses espaços, as crianças e adolescentes têm garantido o direito à convivência familiar e comunitária, conforme determina o artigo 92 do ECA”, explicou.
A iniciativa é um exemplo de como políticas públicas podem promover a dignidade, o bem-estar e o desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, mesmo em contextos de acolhimento.
*Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram