O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, anunciou que 3,5 milhões de pessoas saíram da pobreza no Brasil apenas entre janeiro e julho de 2024. O dado foi revelado durante sua participação no programa Bom Dia, Ministro, transmitido nesta terça-feira (22) pelo Canal Gov.
O avanço é resultado direto da geração de empregos formais, do estímulo ao empreendedorismo e da implementação de programas como o Acredita no Primeiro Passo, que oferece microcrédito com condições especiais para pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
Como reflexo da melhora da renda, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família neste mês. Destas, 536 mil se enquadraram na Regra de Proteção, que permite a continuidade parcial do benefício por até 24 meses após aumento de renda mensal acima de R$ 218 por pessoa — desde que o valor não ultrapasse meio salário mínimo.
Empregos e empreendedorismo impulsionam renda
De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil criou 1,7 milhão de empregos com carteira assinada em 2024, sendo 98,8% deles ocupados por pessoas do CadÚnico e 75,5% por ex-beneficiários do Bolsa Família.
Segundo Wellington Dias, a formação educacional das famílias tem sido um pilar importante da transformação social. “Muitos beneficiários do Bolsa Família estão hoje na classe média, formados em cursos técnicos ou superiores, o que permite uma transição real para o mercado de trabalho e a autonomia financeira”, afirmou o ministro.
O programa Acredita no Primeiro Passo, voltado ao microcrédito urbano e rural, já liberou cerca de R$ 24 bilhões em financiamentos, beneficiando especialmente mulheres, jovens, pessoas com deficiência, negros e comunidades tradicionais.
“Somente neste ano já temos mais de 1 milhão de novos empregos e 2,6 milhões de pequenos negócios abertos, que respondem por cerca de 70% das novas contratações. Um impulsiona o outro”, destacou Dias.
Caminho para sair do Mapa da Fome
Outro dado relevante citado pelo ministro é a redução da insegurança alimentar severa no país. De acordo com o relatório da ONU, 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023. A proporção da população nessa situação caiu de 8% para apenas 1,2%.
O ministro acredita que, com os dados de 2024, o Brasil deve cumprir os critérios da FAO para sair do Mapa da Fome até julho de 2026, quando será concluído o triênio de avaliação exigido pela organização.
Em 2022, o Brasil registrava 33,1 milhões de pessoas em situação de fome. Já em 2024, esse número caiu em 24,4 milhões, segundo o ministro. “Será um recorde histórico. Saímos da fome em 11 anos uma vez. Agora, vamos sair em apenas três anos”, celebrou.
Redução da pobreza e desigualdade
Além da fome, os índices de miséria e pobreza também caíram. De acordo com o Banco Mundial, a taxa de miséria caiu de 9% para 4%, e a pobreza recuou de 37% em 2021 para 23% em 2024, segundo dados do Banco Mundial, FGV e IBGE.
O Brasil também avançou cinco posições no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) global, com melhorias expressivas nas áreas de educação, saúde e inclusão social.
“Todos esses indicadores apontam que estamos no caminho certo para reduzir a desigualdade e garantir que mais brasileiros tenham dignidade e oportunidades”, concluiu Wellington Dias.
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