O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (9) a morte de dois pacientes indígenas, de 78 e 80 anos, que estavam a bordo de um helicóptero a serviço do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami. A aeronave sofreu um pouso forçado na última segunda-feira (7), enquanto realizava o transporte de três pacientes das aldeias Mokorosik e Kahusik rumo à Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Parima, em Roraima.
De acordo com a pasta, o helicóptero decolou normalmente, mas enfrentou problemas que obrigaram o piloto a fazer um pouso de emergência. Durante o incidente, os dois pacientes mais idosos não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
Uma criança de 10 anos, também a bordo, sofreu queimaduras leves e suspeita de luxação na perna. Ela foi inicialmente atendida no Centro de Referência da Saúde Indígena, em Surucucu, e depois transferida para o Hospital da Criança Santo Antônia, em Boa Vista. Segundo o ministério, a criança está em condição estável e sob cuidados complementares.
Todos os demais ocupantes da aeronave, incluindo tripulantes e equipe de saúde, foram resgatados com vida e também removidos para Boa Vista, capital de Roraima.
Em nota oficial, o Ministério da Saúde prestou condolências aos familiares das vítimas e destacou a importância dos dois anciãos falecidos:
“O Ministério da Saúde se solidariza com os familiares, com o povo Yanomami e com todos os profissionais de saúde envolvidos. Honramos a memória de Botado e Vovô, guardiões de saberes e histórias de seu povo”, concluiu a pasta.
As causas do pouso forçado ainda estão sendo apuradas. O caso ocorre em meio a uma série de esforços do governo federal para garantir atendimento médico em áreas remotas da Terra Indígena Yanomami, que enfrenta uma grave crise humanitária.
*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado Espírito Santo.
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