Giro Capixaba
  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Mundo
  • Opinião
  • Política
  • Economia & Emprego
  • Tecnologia
Nada encontrado
Ver todos os resultados
Giro Capixaba
  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Mundo
  • Opinião
  • Política
  • Economia & Emprego
  • Tecnologia
Nada encontrado
Ver todos os resultados
Giro Capixaba
Nada encontrado
Ver todos os resultados

Porto Central encalhado: avanço do Porto do Açu sepulta projeto em Presidente Kennedy

Sem ferrovia, sem investidores e com a concorrência consolidada no Norte Fluminense, o Porto Central, no sul do Espírito Santo, se resume a uma área de terraplanagem e enfrenta descrença até da classe política capixaba.

redação Por redação
08/07/2025 - 10:51
em Economia & Emprego
A A
Porto Central encalhado: avanço do Porto do Açu sepulta projeto em Presidente Kennedy

Área do Porto Central de Presidente Kennedy (ES): futuro incerto | Foto: Agência Exclusiva.

O que deveria ser o maior projeto logístico do Espírito Santo corre o risco de naufragar antes mesmo de sair do papel. O Porto Central, em Presidente Kennedy, no sul capixaba, está praticamente sepultado diante do avanço consolidado do Porto do Açu, no Norte Fluminense, que já se tornou uma referência internacional em logística portuária e suporte às atividades de petróleo e gás.

As imagens aéreas obtidas pela Agência Fonte Exclusiva revelam a realidade do empreendimento: uma pequena área de terraplanagem, sem obras de infraestrutura relevantes. A promessa de um porto de 5ª geração virou sinônimo de frustração, esbarrando em entraves ambientais, resistência da comunidade local e, sobretudo, ausência de articulação política e investimentos concretos.

Leia Também

Feiras do Pró-Genética no Espírito Santo ultrapassam 800 touros vendidos e fortalecem pecuária familiar

Produção de veículos cresce 7,8% no 1º semestre de 2025, mas setor enfrenta desafios no 2º semestre

Porto do Açu em plena operação

Enquanto o Porto Central patina, o Porto do Açu avança com operações que vão do transbordo de petróleo ao embarque de minério de ferro e soja para exportação. Com mais de 20 km² de área e um distrito industrial planejado para 70 km², o complexo fluminense já absorveu a demanda que antes era direcionada ao Porto de Montevidéu (Uruguai).

O especialista Hevilmar Rangel, doutor em Planejamento Regional e autor de uma dissertação sobre o Porto do Açu, afirma que o projeto capixaba se tornou inviável em termos técnicos e econômicos.

“A única possibilidade seria a Vale utilizar o Porto Central para exportação de minério, mas a mineradora já sinaliza sua preferência pelo Açu, inclusive defendendo que a ferrovia EF-118 seja conectada diretamente ao porto fluminense”, afirma.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por D+NEWSTV (@dmaisnewstv)

Descrença política e crítica pesada

O descrédito não parte apenas dos especialistas. O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Marcelo Santos (União Brasil/PP), ecoou a frustração em entrevista à Rádio Litorânea FM, de Marataízes:

“Veja bem o que acontece no Congresso Nacional: o que Brasília produz pra gente? Nada! É só briga e quem paga a conta é o povo”, disparou o parlamentar, que também cravou: “Essa ferrovia [EF-118] não saiu do papel e não vai sair.”

A fala repercutiu em tom de divisor político, ao atingir diretamente o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB), pré-candidato ao Palácio Anchieta em 2026, que defende o projeto.

Ferrovia estratégica ou miragem?

A ferrovia EF-118 é considerada peça-chave para o desenvolvimento do Porto Central. Prevista para ligar Santa Leopoldina (ES) a Nova Iguaçu (RJ), com 575 km de extensão, a obra está travada. A Vale se comprometeu com os 80 km iniciais como contrapartida pela renovação da Estrada de Ferro Vitória-Minas, mas até hoje nada saiu do papel.

O restante do traçado depende de estudos, financiamento, reequilíbrio contratual e definição da bitola ferroviária, tornando o projeto cada vez mais distante de se concretizar.

Porto Central: promessa ou miragem?

Com a consolidação do Porto do Açu e a paralisia da EF-118, o cenário é de desânimo. A classe política local já demonstra baixa confiança na viabilidade logística do Porto Central, enquanto a população do sul capixaba assiste à estagnação de um projeto que prometia gerar empregos e alavancar o desenvolvimento da região.

Para Hevilmar Rangel, o Porto Central nunca cumprirá o papel que foi prometido. “Será, no máximo, um terminal de uso restrito, caso a Vale queira utilizá-lo. Mas não se sustentará como hub logístico regional.”

O especialista também alerta para um ponto crucial: a baixa absorção de mão de obra pelo modelo de porto mecanizado. “É capital intensivo, não trabalho intensivo”, explica.

A consolidação do Porto do Açu não enterra apenas o Porto Central. Também inviabiliza o Porto do Barreto, em Macaé (RJ). Segundo Rangel, o município fluminense não tem área de expansão terrestre para abrigar um porto de 5ª geração, tampouco um distrito industrial.

Em paralelo, o mercado imobiliário de Campos dos Goytacazes tende a se desvalorizar, uma vez que as áreas de apoio logístico e industrial seguem concentradas dentro do Açu, que opera como uma cidade-portuária autônoma e integrada.

O que se prometeu como um marco para o Espírito Santo hoje se resume a uma área deserta e sem perspectiva de avanço. O Porto Central virou sinônimo de frustração, e a inércia política, somada à competitividade do Porto do Açu, sepulta de vez um projeto que nasceu grande, mas pode morrer no esquecimento.

*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado Espírito Santo.

Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram

Tags: #CriseLogística#DesenvolvimentoRegional#Exportação#FerroviaEF118#HevilmarRangel#PetróleoEGás#PolíticaCapixaba#PortoCentral#PortodoAçu#PresidenteKennedy#ProjetoFracassado#SulCapixaba#ValeDoRioDocecamposrjInfraestrutura
EnviarCompartilhamentoTweetCompartilhamentoCompartilhamentoEnviar
Notícia anterior

Feiras do Pró-Genética no Espírito Santo ultrapassam 800 touros vendidos e fortalecem pecuária familiar

Próxima notícia

PF investiga desvio de recursos públicos e bloqueia R$ 54,6 milhões em operação contra fraudes no Ceará e DF

redação

redação

Próxima notícia
Polícia Federal realiza a Operação Underhand para apurar fraudes em licitações e contratos públicos. R$ 54,6 milhões foram bloqueados. Ações ocorreram no Ceará e no Distrito Federal.

PF investiga desvio de recursos públicos e bloqueia R$ 54,6 milhões em operação contra fraudes no Ceará e DF

Ministra Esther Dweck destaca avanços na aplicação das cotas raciais no Concurso Nacional Unificado e responde ao pedido do MPF pela suspensão da nova edição do certame.

Ministra defende sistema de cotas do Concurso Nacional e rebate pedido de suspensão feito pelo MPF

  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Mundo
  • Opinião
  • Política
  • Economia & Emprego
  • Tecnologia

Notícias do Estado do Espírito Santo, das cidades e do mundo.
E-mail: contato@girocapixaba.com.br

Giro Capixaba - Criação Web Tchê Digital

Nada encontrado
Ver todos os resultados
  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Mundo
  • Opinião
  • Política
  • Economia & Emprego
  • Tecnologia

Notícias do Estado do Espírito Santo, das cidades e do mundo.
E-mail: contato@girocapixaba.com.br

Giro Capixaba - Criação Web Tchê Digital

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist