As hepatites virais seguem sendo uma das principais preocupações da saúde pública mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essas infecções causam 1,4 milhão de mortes por ano, seja por infecção aguda, cirrose ou câncer hepático. No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2020 e 2023, mais de 70% dos óbitos por hepatites virais foram causados pelo vírus C, seguido pelos tipos B e A.
Em meio ao Julho Amarelo, mês dedicado à conscientização, prevenção e combate às hepatites virais, o Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta experiências bem-sucedidas em todo o país, mostrando a eficácia de políticas públicas integradas com foco na testagem rápida, vacinação, educação e tratamento precoce.
Ações que fazem a diferença
Entre as experiências destacadas pela Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, estão:
- Testagem rápida para gestantes e parceiros: voltada à prevenção da transmissão vertical (da mãe para o bebê), a iniciativa garante diagnóstico precoce e tratamento adequado durante o pré-natal.
- Descentralização de testes rápidos em Campos dos Goytacazes (RJ): promove a ampliação da testagem e aconselhamento para HIV, sífilis e hepatites nas unidades básicas de saúde e centros de referência.
- Joinville (SC): substituição de exames laboratoriais por testes rápidos reduziu custos e aumentou a eficiência do diagnóstico para HIV e hepatites B e C.
- Volta Redonda (RJ): inspeções em salões de beleza revelaram que menos de 20% tinham autoclaves para esterilização. A partir disso, cerca de 500 profissionais foram capacitados e receberam vacinação contra hepatites.
Infecções silenciosas e perigosas
As hepatites virais são doenças que comprometem o fígado e, na maioria das vezes, evoluem sem sintomas por muitos anos. Quando não diagnosticadas e tratadas, podem causar fibrose, cirrose e até câncer de fígado. Os vírus mais comuns no Brasil são os tipos A, B, C e D, este último mais frequente na região Norte.
Os principais sintomas, quando aparecem, incluem cansaço, febre, enjoo, vômitos, dor abdominal, olhos e pele amarelados, urina escura e fezes claras.
Estratégia nacional
A mobilização durante o Julho Amarelo reforça o compromisso do SUS com a identificação precoce, vacinação e tratamento gratuito da doença. O Brasil possui protocolos consolidados que incluem testagem em unidades básicas de saúde (UBS), campanhas de educação em saúde, vigilância epidemiológica e distribuição de medicamentos antivirais.
Para saber mais, a população pode procurar uma unidade de saúde e se informar sobre testagens gratuitas, além de verificar se está com o cartão de vacinação atualizado para hepatite B, que está disponível pelo SUS para todas as faixas etárias.
*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.