Israel lançou uma ampla ofensiva contra alvos estratégicos no Irã nesta quinta-feira (12) e madrugada de sexta (13), em uma ação militar que matou o comandante das Forças Aeroespaciais iranianas, general Amir Ali Hajizadeh, além de outros oficiais de alto escalão. A Força Aérea Israelense destruiu um centro de comando subterrâneo das Forças Aeroespaciais do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica.
A ação, classificada por Israel como “ataque preventivo”, tem como objetivo interromper o avanço do programa nuclear iraniano e responder a recentes ofensivas do Irã. Segundo o Ministério da Defesa israelense, a operação foi baseada em inteligência de alta precisão e concluiu sua primeira fase com ataques coordenados a dezenas de alvos militares, incluindo instalações nucleares.
A TV estatal iraniana informou que sons de explosões e da atuação da defesa aérea foram ouvidos na noite de quinta-feira (12), principalmente em Teerã, enquanto o portal Axios confirmou que os bombardeios israelenses atingiram diversos alvos em solo iraniano.
Em resposta à escalada do conflito, o governo de Israel declarou estado de emergência em todo o país, fechou o espaço aéreo, suspendeu atividades educacionais e aglomerações públicas, e determinou que apenas setores essenciais mantenham funcionamento. As Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram um alerta à população:
“As diretrizes incluem: proibição de atividades educacionais, reuniões e locais de trabalho, exceto em setores essenciais. O público deve seguir as diretrizes publicadas nos canais oficiais do Comando da Frente Interna.”
Ainda de acordo com as FDI, o público deve se manter calmo e seguir as instruções das autoridades, que estão preparadas para uma série de cenários defensivos e ofensivos. “Esta é apenas a primeira fase da operação”, afirmou um porta-voz militar.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência do gabinete de guerra, enquanto aliados ocidentais acompanham a situação com preocupação. Segundo a Reuters, o governo dos Estados Unidos não participou dos ataques nem ofereceu assistência a Tel Aviv, mas teme que o Irã possa retaliar atingindo bases militares norte-americanas no vizinho Iraque.
Mais cedo, o canal CBS havia informado, com base em fontes do governo dos EUA, que Israel está totalmente preparado para uma operação militar em larga escala no Irã.
Em Teerã, o comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, declarou que o Irã está pronto para qualquer cenário, inclusive uma guerra de grandes proporções.
Com os esforços diplomáticos entre Irã e EUA sobre o programa nuclear ameaçados e a escalada do conflito militar, cresce a tensão internacional. A comunidade internacional aguarda uma resposta do Conselho de Segurança da ONU diante da possibilidade de um confronto aberto entre duas das principais forças militares do Oriente Médio.
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