Uma disputa pública entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk dominou o noticiário internacional nesta quinta-feira (5). O embate, iniciado com críticas de Musk à proposta de orçamento do governo, evoluiu para uma troca de acusações envolvendo ameaças econômicas, escândalos sexuais e até impeachment.
Trump se disse “profundamente decepcionado” com o empresário, após Musk criticar duramente o projeto de lei orçamentária que o governo tenta aprovar no Congresso. A resposta veio em tom explosivo: Musk afirmou no X (antigo Twitter) que foi fundamental para a eleição de Trump e ameaçou suspender o uso governamental dos foguetes da SpaceX.
Escândalo Epstein e ameaça de impeachment
O conflito ganhou contornos ainda mais graves quando Musk endossou uma publicação que defendia o impeachment de Trump e sugeriu, sem apresentar provas, que o presidente teria ligação com o escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein — o milionário condenado por tráfico sexual de menores que morreu na prisão.
Trump respondeu à altura: prometeu cortar subsídios federais e encerrar contratos públicos com empresas ligadas a Musk, como SpaceX e Tesla.
US$ 148 bilhões evaporaram
O mercado reagiu imediatamente. Em poucas horas, as empresas de Elon Musk perderam US$ 148 bilhões em valor de mercado. Investidores temem que a guerra pública com o governo dos EUA comprometa contratos estratégicos e a confiança global em suas companhias.
“Musk corre o risco de destruir seu próprio império”
Em entrevista ao podcast O Assunto, com Natuza Nery, o cientista político Oliver Stuenkel (FGV e Harvard) analisou o impacto da crise. Para ele, Musk está “brincando com fogo” ao desafiar publicamente o presidente americano. “Ele corre o risco de destruir suas próprias empresas”, afirmou.
Stuenkel também ponderou sobre as chances de um impeachment prosperar. Embora improvável, a simples menção ao tema, somada ao escândalo de Epstein, coloca Trump novamente sob os holofotes de uma crise política internacional.
Crise entre poder e bilionários
O episódio escancara o desgaste na relação entre o poder público e os gigantes da tecnologia nos EUA. Em um cenário de eleições, orçamento instável e investigações sensíveis, qualquer conflito nesse nível pode ter efeitos duradouros — tanto na economia quanto na estabilidade institucional americana.
* Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe este artigo do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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