A economia brasileira teve desempenho positivo no primeiro trimestre de 2025. De acordo com o Banco Central (BC), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou crescimento de 1,3% entre janeiro e março em relação ao trimestre anterior, com dados ajustados sazonalmente. Na comparação com o mesmo período de 2024, o avanço foi de 3,7%.
Somente em março, o IBC-Br cresceu 0,8% em relação a fevereiro. Em comparação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 3,5%, ainda segundo o BC. No acumulado do ano, o índice subiu 3,7%. Em 12 meses, o avanço chegou a 4,2%.
O IBC-Br é considerado uma espécie de “prévia” da economia e serve como termômetro para o Comitê de Política Monetária (Copom) nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,75% ao ano. O indicador compila dados da produção industrial, comércio, serviços, agropecuária e impostos.
Inflação pressiona e Selic segue alta
A política monetária continua apertada. O Copom elevou a Selic em 0,5 ponto percentual na última reunião, realizada no início de maio, mantendo o ciclo de alta iniciado há seis reuniões. O BC justificou a decisão com base no cenário global incerto e nas pressões inflacionárias internas, especialmente nos preços de alimentos e medicamentos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor da inflação no país, registrou alta de 0,43% em abril. Apesar da desaceleração em relação a março (0,56%) e fevereiro (1,31%), o acumulado em 12 meses chegou a 5,53%.
Segundo o BC, juros altos ajudam a controlar a inflação, mas também podem limitar o crescimento da atividade econômica ao encarecer o crédito e reduzir o consumo. Já a redução da Selic tende a estimular a economia, mas exige cautela diante de pressões inflacionárias.
PIB oficial será divulgado em breve
Embora seja um importante sinalizador da atividade, o IBC-Br não é uma prévia direta do Produto Interno Bruto (PIB), que será divulgado pelo IBGE nos próximos dias. A metodologia de cálculo dos dois indicadores é distinta, mas o IBC-Br é amplamente utilizado como referência para projeções.
Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão. Foi o melhor resultado desde 2021, quando o PIB subiu 4,8%.
*Da Agência Fonte Exclusivo com informações da agência Brasil